bingo!

Num humor terrível! Ainda não tinha me perguntado se poderia ser TPM, o mês passou tão rápido que uma olhada na agenda era até merecida. O dia tinha sido pesado. Acordara cedo para compromissos domésticos: dificuldades de AINDA morar com a mãe. Em seguida um churrasco que me arrependi de ter pagado e mais ainda de sair de casa para ir.
Antes, visitei umas concessionárias para ver o carro novo. Deixarei para o ano que vem. Pagar taxas deste ano por uma semana (se muito) com o carro não é algo que cogite nem em meus momentos de maior ansiedade e raiva do carro velho.
Depois, um PUTA trânsito. O povo todo resolveu sair de casa no final de semana, deve ser a proximidade do Natal. Não conhecia o caminho, me perdi um tanto pra chegar. O maldito do Google me mandou por favelas e ruas que não existiam. Papai Noel, traz um GPS de presente pra mim! Chegando lá uns poucos amigos mais próximos e um monte de gente que eu não conhecia, nem estava disposta a conhecer. (Mentira, tinha um cara. Gatão. Mas com uma namorada com cara de cocô a tiracolo)
Na volta, o retorno era longe. Decidi fazer outro caminho, conhecido, embora mais longo. Trânsito e mais e mais e mais trânsito. Como quis estar de bike!!! (Se bem que a imersão acadêmica dos últimos meses acabou com toda vitalidade física: morreria para chegar lá de bike) Demorei 1h30 para percorrer uns 15km. Só em São Paulo se anda mais rápido a pé que de carro.
Uns telefonemas para as bichas amigas, para tentar convencê-los a fazer baladinha predominantemente lésbica (detalhe obviamente omitido aos dois). Mas não toparam mesmo sem saber que ia ter mais mulher. Decidi ir sozinha… mas ir sozinha pra balada ou é o cúmulo da auto-segurança ou da vontade de ficar com alguém. E definitivamente “segura“ não era um adjetivo que se aplicava a minha pessoa naquele dia.
Depois da negativa, comecei a percorrer a agenda do cel. Alguém que topasse ou soubesse de algo bom pra fazer… Nada. Nem o pinto amigo sempre disponível estava disponível. Resolvi dormir um pouquinho… quando levantasse talvez encarasse a balada.
Acordei com o telefone tocando. Uma amiga. Fui encontrá-la numa festa. Chegamos quase juntas, vinha de outro lugar, já estava meio bêbada. Fiquei bêbada logo também, não bebia há tempos. Começamos a nos xavecar, acontece sempre… Já nos beijamos umas vezes, mas corre depois de um beijo mais demorado. Comentei algo e respondeu com um “queria tanto gostar…”. Vadia, se não gostasse teria beijado uma vez só e nem me agarraria sempre que bebesse um pouco mais, como faz.
Peguei carona na volta. Deu um jeito de sairmos rápido, só as duas. Rá, não me escaparia! (Ou eu não escaparia…) No caminho segurava minha mão, beijava, olhava nos olhos. Chegamos onde me deixaria, tentei beijar, virou o rosto, pegou no canto. Entendi que a abordagem tinha de ser outra. Beijei a bochecha por um tempo, cada vez mais perto da boca (já estava pertinho, o caminho foi curto). Não ofereceu resistência e correspondeu quando cheguei nos lábios, no começo devagar. O beijo esquentou até me chamar para dormir com ela. BINGO! Nem achei ruim ser a ativa outra vez.

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